sábado, 5 de junho de 2010

PROJETO DE ENSINO: VARIAÇÃO LINGUISTICA


PROJETO DE ENSINO: VARIAÇÃO LINGUISTICA

Bloco de Conteúdo: Língua Portuguesa, Artes e Geografia

Conteúdo: Variações linguísticas
                      Regiões do Brasil
                      Composição tridimensional
Introdução: A variações linguísticas podem ser entendidas por meio de sua história no tempo (variação histórica) e no espaço (variação regional). Assim, além do português padrão, há outras variedades de usos da língua cujos traços mais comuns podem ser evidenciados no linguajar dos alunos nas salas de aulas, ficando deste modo  claro o fenômeno de mescla linguistica, qual o Brasil é objeto. Portanto este  projeto de variação linguistica visa levar os alunoa aperceberem o uso da língua materna e as modalidades na sua forma oral e escrita. Apressentando um ensino dinâmico da variação diatópicas, onde o foco seja a cmpreensão da interferência da fala na escrita.  
Importante: Evitar a valorização exessiva da norma culta, percebendo a influencia da oralidade na escrita no falar rural. Enfocar o respeito ás diversas variedades linguisticas, trabalhando com situações  de uso da língua.

Objetivo: Respeitar as variações lingüísticas do português brasileiro sem preconceito lingüístico;

Ano: 5º ano

Tempo estimado: 10 aulas.

Material necessário: Copia do texto escrito, fichas de análise textual, caderno, lápis,  placas de isopor, cola, tesouras, etc.

Desenvolvimento das atividades: Desafio aos alunos

1.    A professora lerá a história em quadrinhos e os alunos irão registrar as palavras que mais chamaram sua atenção durante a leitura.


CHICO BENTO EM OS PÉS

Quem gostaria de ler a redação sobre o tema que passei ontem?
Eu, fessora!! Eu!!!
E eu que pensei que o Chico não entendia nada do assunto!
Ara, o Chico é muito isperto, viu?
É por essas i otras qui eu namoro ele!
É ! a isperteza é coisa di famia!
Psso começá fessora?
À vontade Chico!
Caham! Camam! Os pé da gente!
Os pé da gente são a parte do corpo qui serve pra andá i fazé a curva! Quem tem dois pé é bipede! Quem tem um é o saci e quem tem mais di dois, precisa di médico!
Intão, eu sô bipedão!
Eita, qui disperdício!
Ah, saci! Larga dos meus pés

Isto é... si num for animar né?
M- mas, chico...
Craro qui tem mais, fessora! Tô só começando!

Na natureza, inziste vários tipos di pé!
Tudo imriba, pé –di- fruta?
Esse pé-di-vento mi dexa sisisperada!
O Ruim di sê pé-d’agua são as bôia!

I por falá im pe-di-fruta, o mamoero é o único qui tem uma mão no pé!
Ai....
É memo!
Mais tamém, nem todo pé fica no finar da perna!

Os pé di galinha, por exempro, fica na cara, bem do lado dos zóios!
Fiu- Fiuuuu!
Mais que belezura!
Oi todos os pés qui conheço, tem um, ispeciarmente, qui eu adoro!

Ai, chico....
É o pé di moleque! Qui alinhais, truxe hoje, di merenda!
Im compensação o pior pé qui conheço é o pé – no – ouvido.....
Qui é o qui ocê vai levá Zé Lelé, si num tirá as mão da minha merenda!

Ai......
Grup!
Bâo, continuando...

Pedicura num é o pé do padre. Mais sim, o trabaio di quem faiz os pé das madame!

Por favor onde fica o pé di cura?
Fica logo ali, na igreja!
     
      I finarmente , a mior coisa pro futuro é fazé um pé di meia! Pruque ansim, ocê nunca será um pe-di-chinelo i muito nenos um p-e-rapado!

       Ufa!
      
      Intão, fessora? Qui nota eu mereço?
      Zero!
      Zero ?! mais pru quê?
      Porque você errou o tema da redação!  Hospedagem
      Discurpa , mais quem errô foi a senhora qui isqueceu do acento na palavra “pé” i num compretô a palavra “gente”!
       Chico Bento!!!!!
       Agora, a mior coisa a fazê é dá no pé!!!

2.    Conversa informal sobre o gênero textual quadrinhos, suas características, sua função, o personagen, etc. Caberá destaque a provável região onde mora o personagem, com indicações no mapa e descrições dos elementos que constituem tal ambiente, etc.

3.    Confecção de um croqui com as informações levantadas nos conhecimentos prévios.

4.    Exploração do título e seu significado dentro dos acontecimentos da história. Levantamento das palavras que mais chamaram atenção e logo após uma discussão sobre a grafia das palavras registradas pelos alunos, levantamento dos  possíveis motivos que levaram tal forma de escrita. Aqui caberá uma breve reflexão das origem das palavras no latim e suas transformaçõe são longo dos anos.

5.    Distribuição da copia do texto a cada aluno,  a fim de sublinhar as palavras sugeridas por eles. Análise das construções das frases em que as palavras são empregadas. Sistematização com registro em um quadro com as caracteristicas apresentadas nas frases.

6.    Leitura compartilhada da história em quadrinhos, questionando o uso de pronomes, adjetivos, preposição. A alternância de “lh” e “i” melhor / mior; olhos/ zoio; a redução dos ditongos: outra/otra; A simplificação da concordância: todos oo pé, as mão; Assimilação do “ndo” em “no”( falano/falando) ou do “mb” em “m” (tamém/também); a desnasalização das vogais postônicas: home/homema redução do “r” do infinitivo ou de substantivos em “or”: amá/amar; amô/amor. Etc. Neste momento haverá uma analise sobre a construção da oralidade e da escrita, levando os alunos perceberem que em certas situações deverão, empregar a norma culta da escrita convencional.

7.    Reescrita das frases do texto que apresentam tais irregularidades ortográficas empregando as correções gramaticais indicadas pela norma culta.

8.    Após a explanação de socialização e esclarecimentos, haverá uma solicitação de pesquisa na internet com exemplos de variações lingüísticas das diferentes regiões do Brasil.

9.    Construção de quadro demonstrativos com as principais variações regionais, no sodaque, na fala e na escrita.

10. Exibição de animações abordando variações linguisticas baixados pela internet.

11. Pesquisa de campo procurando perceber alguns traços da linguagem de sua cidade.

12. Construção de painel com as observações realizadas durante a pesquisa em campo.

13. Construção de uma maquete de seu cidade, onde destacará  os principais bairros onde predominam algumas variações linguisticas.

Observações: Os registros deverão ser claros e objetivos, com anotações no caderno, construção de quadros demostrativos e maquetes, etc.

Avaliação: Ocorrerá de forma coletiva, em todos os momentos de trabalho e pesquisa, conta-se-á com a participação nas discussões e individulamente nas atividades realizadas, bem como na compreensão dos conceitos abordados.  

REFERÊNCIAS

Simm, Juliana Fogaça Sanches. Ensino da língua portuguesa: pedagogia/ Juliana Fogaça Sanches Simm. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009.


Ramos, Heloísa Cerri . Os poetas e o fazer poético. Revista nova escola. Disponivel em: http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/pratica-pedagogica/os-poetas-e-o-fazer-poetico-426210.shtml Acesso 03 de jun. 2010.

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