sábado, 9 de maio de 2009

Pensamento Pedagógico, Sociedade e Currículo.

                 Pensamento Pedagógico, Sociedade e Currículo.

                               O currículo na escola atual


AS INTERFACES DA ESCOLA NO CONTEXTO ATUAL 


Historicamente configurado o Currículo surgi para suprir as necessidades de determinados grupos imersos em tempos históricos distintos e cada qual debruçados em seus fatores culturais, sociais, políticos e econômicos. Ao exposto acima o Currículo assumi então funções diversas conforme o contexto da época, seja sob a permissa de uma nova ordem social (burguesia), ou de elucidar a reconstrução de uma sociedade devastada pela Guerra. Contudo entre tempos e comunidades diferentes, os questionamentos de Dewey redireciona o foco do Currículo Norte Americano, o que em paralelo implica numa série de observações em torno da Educação. Partindo do princípio norteador de Dewey: aprender fazendo. O novo cenário requer um Currículo que difine atividades em que as crianças resolveriam problemas, exercendo função intermediária entre escola e comunidade. Hoje na escola atual ao se pensar em Currículo é essencialmente acionado alguns tópicos reflexivos antes de qualquer decisão ou normatização do mesmo. O primeiro deles é: que tipo de homem e sociedade queremos construir? Diante desta indagação, recai a certeza de que o Currículo é mais que mera listagem de conteúdos de disciplinas, ele comporta um campo de diretrizes que vão além que conceitos pré-estabelecidos. A formação de pessoas capazes de resolver subversões, cidadãos éticos, críticos e atuantes como base de uma sociedade justa, demanda no resgate da individualidade, visto que a subjetividade não pode ser encoberta pelo sentido do objetivo e funcionalidade do Currículo, bem como a consciência coletiva deve aflorar para a responsabilidade de cada pessoa como agente na transformação social. A intenção educativa acolhedora e pluralista leva a construção do ser em uma sequência lógica entre produção intelectual e social, dentro das circunstâncias peculiares do momento atual. Este pensamento atrai o segundo tópico: que papel desejamos para a escola em nossa realidade? Conforme a estrutura de nossa sociedade, a escola deverá sustentar-se nos ideais democráticos coletivos, pautados no respeito a princípios de inclusão social e intercâmbio de conhecimentos. Uma escola que evidência inovações para desenvolver habilidades, incitar competências e vincular valores é aquela que tem ciência de seus objetivos e quais os meios que deverá empregar para alcançá-lo, sem cair em uma descontinuidade de ações ou em um documento burocrático e engavetado. Com base neste tópico comentamos o terceiro: que tipo de relações devem ser estabelecidas entre professor – aluno, entre escola e a comunidade? Esgotou-se o tempo de valer-se do autoritarismo como instrumento na aprendizegem de relações entre as camadas da hierarquia educacional, hoje a relação do professor – aluno regula-se em harmonia com seus direitos e deveres garantidos e respeitados uns pelos outros. Pois um Currículo claro e objetivo é inspecionado permanentemente para acompanhar as aspirações da sociedade em relação a Educação, e esta tem bem acurada sua função social de otimizar espaços com mecanismos de participação professor-aluno e escola-comunidade, sua iniciativa direta é integrar comunidade externa e interna da escola, a fim de promover a efetivação dos conceitos de cidadania. Esse universo escolar de participação propõe ações entre todos os segmentos escolares e em especial ênfase a família. O quarto tópico se refere a Educação em escala governamental destaca: o papel do Estado na Educação em termos ideais. A eficiência do oferecimento de uma educação de qualidade, que executem na prática as diretrizes despostas no papel devem guiar as mudanças na organização do ensino. Somente com a defesa dos princípios inovadores que privilegiam a ética pública, e a solidariedade no sentido da inclusão social, obter-se-a as tão sonhadas metas descritam pela ONU. Em suma o Estado necessita equacionar a realidade cruel, as crianças são inseridas na escola, porém não terminam um ciclo de escolarização, isso acarreta um desconforto na democratização e na valorização do ser humano com pessoa e cidadão, um vez que, a maioria deixa a escola para trabalhar ou executar atividades fúteis. A educação ideal desenvolvida pelo Estado seria aquela que legitima a cultura, compreende as pessoas envolvidas no seu processo e acima de tudo, que oferece mecanismos de democracia real, aprendida na prática e não somente na oralidade. O quinto tópico: como desejamos o processo de construção do Currículo? O curriculo é um domínio específico e coeso que inteliga saber e poder, em um alocução da identidade social da escola, pois é inconcebível sem a cultura. Sua construção deve dá-se no coletivo, envolvendo todas as camadas da comunidade escolar (diretor, professor, funcionários e comunidade externa no geral). Sobre o prisma da construção coletiva assegura-se espaços para todos exporem seus postulados e interesses respaldados nas aberturas educacionais com as quais concordam. O Currículo deve manter-se atualizado e ser revisto conforme haja necessidade na clientela ou nos objetivos focalizados. Esse processo de tomada de decisões baseia-se no exame de experiências, observações e avaliações dos resultados em relação aos objetivos e as melhorias das percepções pedagógicas a partir da aprendizagem em serviço. Assim, para uma edificação integral de um Currículo se faz necessário ter sim um abordagem na estrutura do conhecimento como patrimônio cultural, porém levando em conta a realidade dos alunos, propiciando aos mesmos uma consciência libertadora e de auto-realização, ou seja, descobrir sua individualidade como objeto de modificação da realidade social, formando cidadãos emancipados, onde o conhecimento é cultivado pela articulação da reflexão entre teoria e prática no processo de embargo do fenômeno histórico da escola atual.


REFERÊNCIAS 

O trabalho docente no espaço educativo/ Fernando Barroso Zanluchi; Cleide Vitor Mussini Batista; Samira Fayez Kfouri da Silva; Adriana Regina de Jesus dos Santos; Sandra Regina dos Reis Rampazo; Vilma Aparecida Gimenes da Cruz. Londrina: Editora Unopar, 2008. Araújo, Paulo. O norte para a aprendizagem. Revista Escola. Editora: Abril. Janeiro/Fevereiro 2008. Meirieu, Phillippe. O desafio de democratizar a escola. Revista Pátio. Editora: Artmed. Agosto/ Outubro 2008.

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